A nível pedagógico este projecto, Trabalho Integrado tinha umas quantas disciplinas: prj. de arquitectura, proj, urbano, porj, paisagístico, técnicas de apresentação de projecto e penso que é só. Cada uma delas com um professora. Embora as nota seja só uma, cada um dá a sua e chumbar a uma significa chumbar a trabalho integrado.
Para apimentar a situação, uma cidade que não conheço, redes socias completamente descontroladas embora na maioria das vezes bem estratificadas, e uma maneira de apropriação do espaço público completamente diferente! Tudo isto se tornou então num enorme desafio! Era fundamental conhecer primeiro a zona antes sequer de pensar em propor o quer que fosse. É aqui que entram viagens alucinantes ao centro, aqui sim verdadeiramente perdido no rio, com o meu parceiro! subir a coberturas de estacionamentos com 14 andares de altura, ir ao morro, ver, sentir, cheirar, conhecer pessoas e necessidades, entrar à toa numa casa de defesa direitos da mulher e ficar 3h à conversa com senhoras com a sua idade e a beber chá, depois de minutos antes termos entrado numa casa de lazer (puteiro em pleno dia), sem sabermos bem como. Apanhar uma chuvada, comer um açaí ( também merecerá um post), tirar belas fotos, e andarmos a "tripar" com tudo... acredito piamente, e apercebi-me disso nas aulas que será difícil que alguém naquelas turmas conheça a zona tão bem como nós! Depois disto veio o trabalho, as directas , as ideias trocadas, as conversas, os desenhos! De referir que o meu parceiro tem tantas ideias, tão alucinadas como as minhas, ao mesmo tempo que desenha tão mal como eu! Tão a ver a situação portanto, por vezes a minha alma gémea outra o meu "vezes 10" como ele gosta de dizer...
Depois disto vem a apresentação, precedida de uma enorme correria, até á ultima para variar! Aí o jovem fica colado e começa a apresentação da seguinte maneira, perante um júri composto por 5 profs e um auditório bem composto: "pá nós chegamos ao terreno e aquilo era uma balbúrdia! um verdadeiro texas!" continuou a falar todo enrolado e passou-me a palavra... Só depois pelo meio me apanhou e aquilo foi de vento em popa! As críticas foram muito boas. Ouvimos coisas como: "A delicadeza com que tratam o terreno e intervêm em certos pontos é de se louvar! É coisa que raramente se vê nos dias de hoje!" Pelo que me apercebi fomos os únicos a trabalhar no morro (mais uma experiência nova e gratificante) e eles adoraram isso. Agora falta sair a nota, que não poderá ser muito boa pois a nossa assiduidade deixa muito a desejar! Mas o que realmente interessará a nota, se eu já aprendi e vivi tanto com o trabalho realizado?!? São apenas e só 2 digítos(ou apenas um na pior das hipoteses) que erão quantificar uma serie de coisas... nada mais que isso. não irão qualificar nada, para isso era preciso bem mais que isso. Por isso neste momento estou preocupado pois quero saber se passei, mas a nota, a nota minha gente, é uma coisa frágil, de papel. Sem ela continua a haver argumentação e resposta...
saúde e alegria
ze manel alegria...
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